Por que meu e-mail chega como spam?
Ao enviar alguns e-mails, você pode já ter tido o problema de vê-los chegar como SPAM, mas você sabe por que isso acontece?
As possíveis causas que levam a esse problema são inúmeras, com uma vasta gama de variáveis que influenciam em todo o processo de envio e recebimento.
Dentre essas etapas, podemos validações dentro do DNS, envios em massa, reputação do seu domínio, reputação do seu servidor e restrições impostas pelo próprio provedor do remetente.
Para entender melhor como tudo isso funciona e melhorar a entregabilidade de suas mensagens, fique conosco até o final.
Sumário
- Como funciona o envio de e-mail?
- Motivos da marcação de SPAM
- Autenticações de e-mail
- Testes de entregabilidade
- Conclusão
Como funciona o envio de um e-mail?
Como dissemos acima, as causas são muitas, e existe todo um conjunto de variáveis que faz com que o assunto não seja uma ciência exata.
Pensando nisso, precisamos nos ater àquilo que é mais corriqueiro na maioria dos casos, sendo as causas mais comuns do problema.
Então, vamos ter de explicar algumas situações e funcionalidades, para que você entenda como o processo ocorre.
Assim que sua mensagem é enviada pelo servidor, existe um filtro nativo do próprio servidor remetente para identificar se não se trata de uma mensagem fraudulenta.
Se sua mensagem for aprovada pelo servidor remetente, ela será encaminhada para o servidor destinatário, seguindo por uma fila de disparos, e é aqui que normalmente o problema acontece.
Motivos da marcação de SPAM
Durante o processo do envio ao servidor destinatário, diversas validações e testes são feitos para identificar se sua mensagem não é SPAM.
Dentre elas, estão: validações de autenticações DNS, verificação do IP em listas de bloqueio, verificação da mensagem em si.
Claro que o processo varia de acordo com o servidor que receberá a mensagem, mas acima temos o comportamento padrão.
Existem, ainda, diversas ferramentas de filtros que fazem uma checagem ainda mais aprofundada da mensagem para identificar, por exemplo, se o conteúdo dela não pode conter golpes, vírus, conteúdo indesejado e por aí vai.
Contudo, dois desses fatores costumam ser os principais responsáveis pela marcação da mensagem como SPAM: autenticações de DNS e listas de bloqueio.
Autenticações de DNS para e-mail
O maior dos vilões da entrega de mensagens sendo erroneamente marcada como SPAM é a autenticação das mensagens.
Essas autenticações são feitas via DNS, criando alguns registros em seu domínio que tanto confirmam a autenticidade da mensagem, quanto que seu domínio é autorizado a enviar mensagem pelo servidor utilizado.
Basicamente, são três tipos de autenticação, sendo as duas primeiras cruciais:
SPF
Sigla do inglês “Sender Policy Framework” cria regras que restringem quais IPs estão autorizados por aquele domínio a realizarem envios de mensagens.
Na prática, isso é ótimo para evitar que outros domínios enviem mensagens como se fossem o seu, o que poderia ser desastroso, pois possibilitaria o envio de mensagens fraudulentas e golpistas.
O registro de SPF é muito simples, consistindo em uma entrada TXT com o nome do seu próprio domínio, tendo como valor algo parecido com isto:
Nome: seudominio.com.br ou @
Tipo: TXT
Valor: v=spf1 +a +mx +ip4:123.456.789.000 ~all
O @ acima é um coringa disponível em alguns paineis de controle de DNS, como o CloudFlare. Assim, ele identifica e aciona automaticamente o domínio do seu site.
Dessa forma, o registro orienta aos servidores que quaisquer IPs diferentes de 123.456.789.000 devem ser recusados automaticamente, pois não são autorizados e, portanto, falsos.
DKIM
Do inglês “DomainKeys Identified Mail”, as entradas DMARC têm como objetivo validar a autenticidade integral da mensagem, informando aos servidores que ela não foi alterada no processo de entrega.
Isso acontece com assinaturas digitais baseadas em criptografia , para autenticar que uma mensagem está realmente sendo enviada pelo servidor informado e que a mensagem é a mesma em todo o processo.
E esse procedimento é feito direto no corpo da mensagem e em seu cabeçalho da mensagem, criando um hash que é validado no servidor que receberá a mensagem.
Se o hash descriptografado recebido for compatível com a entrada DKIM presente no domínio, então a mensagem será autenticada, aceita e, então, entregue ao destinatário.
Essas entradas costumam ter o seguinte formato:
Nome: default._domainkey.seudominio.com.br
Tipo: TXT
Valor: v=DKIM1; k=rsa; p=XXXXXXXXXXXXX
Onde você encontra a sequência de X, na verdade é onde entra sua chave pública de autenticação.
Normalmente, seu provedor de e-mail te fornecerá esse registro DNS completo, mas caso não o faça, você pode gerar uma chave no site completa no site da Spark Post clicando aqui.
DMARC
Por último e, nesse caso, um pouco menos importante, mas ainda fundamental, temos o DMARC, do inglês “Domain-Based Message Authentication Message Conformance”.
Sua função é, sobretudo, orientar aos servidores de destinatário o que fazer com mensagens que não forem aceitas.
Assim, é possível definir parâmetros de rejeição e até mesmo de avisos, sendo possível mapear essas mensagens para corrigir problemas de entregabilidade.
Na prática, não é um fator indispensável, mas que muito ajuda a seguir com as melhores práticas.
Normalmente, essas entradas seguem o seguinte modelo:
Nome: _DMARC.seudominio.com.br
Tipo: TXT
Valor: v=DMARC1; p=none; rua=mailto:[email protected]; ruf=mailto:; fo=1
Aqui, o e-mail “avisos” receberá mensagens de relatórios sobre os envios. Contudo, se você não quiser essas mensagens, pode reduzir o registro para:
v=DMARC1; p=none;
Testando seu e-mail
Parte do processo de garantir a entregabilidade adequada são os testes, que nos ajudam a entender quais pontos podem ser ajustados e ver o que já está bom.
Por isso, separamos dois ótimos sites onde você pode testar seu envio da mensagem e verificar quais pontos seu domínio tem a melhorar para assegurar a entrega.
Mail-tester
Com o Mail Tester (mail-tester.com), você enviará uma mensagem para um endereço aleatório, gerado exclusivamente para a realização do teste.
Quando, ou se, essa mensagem for recebida, o teste te exibirá diversos resultados, referentes à qualidade do envio, desde a autenticação da mensagem até validações de spam.
MX Toolbox
Sendo uma ferramenta extremamente robusta e densa para a detecção de diversos itens de melhoria em sua entregabilidade.
O MX conta com recursos desde a verificação de entradas, até testes completos que validam toda a estrutura do seu domínio e provedor de envio, mostrando todos os pontos sensíveis que podem prejudicar a entrega.
Para isso, recomendamos a ferramenta e-mail healh, disponível clicando aqui.
Conclusão
Portanto, agora você é capaz de configurar corretamente as entradas de autenticação de e-mail no DNS e realizar testes para validar a entregabilidade.
Assim, é possível melhorar muito a entrega das mensagens e reduzir drasticamente o quanto seus e-mails são marcados como spam, facilitando muito a conversão dos seus e-mails.
Mas atente-se para não cometer abusos, pois enviar muitas mensagens simultaneamente e para um grande volume de pessoas pode (e provavelmente vai) manchar sua reputação com as listas de e-mail, as chamadas RBL.
Caso planeje utilizar os e-mails para enviar mensagens comerciais e de conversão, sempre busque por alternativas como o E-mail marketing, que é um tipo de serviço destinado a essas mensagens em massa sem correr muitos riscos.
Caso tenha ficado com qualquer dúvida, saiba que nossa equipe está à disposição para ajudá-lo.
Até o próximo post o/